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Arquitetos: KAWAZOE JUNICHIRO ARCHITECTS
- Área: 427 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Yoshiharu Matsumura

Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno conecta-se ao norte e se estende em direção ao rio, ao sul. Está localizado próximo à foz do rio. Como já existem construções nos lotes vizinhos a leste e oeste, estabelecemos o eixo (caminho) das edificações no sentido norte-sul, em direção ao rio.

A planta divide o edifício em três usos principais: o edifício de entrada, o edifício de hóspedes e o edifício principal. Trata-se de uma construção térrea, de modo a reduzir o impacto sobre o ambiente ao redor, além de permitir a separação funcional entre os três volumes.

Pensamos na disposição dos três edifícios de forma que a privacidade aumentasse à medida que se avança para o sul ao longo do Caminho. Os três volumes são separados por pátios. O Caminho atravessa os três edifícios e os dois pátios, conectando os espaços. Ele se desenha em curva — não é um movimento linear nem geométrico como um círculo perfeito. No trajeto do edifício de entrada até o edifício principal, atravessam-se dois pátios e as áreas de hóspedes.


Ao longo da linha de fluxo do Caminho, o limite entre dentro e fora torna-se ambíguo, criando um espaço onde interior e exterior se unem. Conforme o percurso se desloca, diferentes cenas se revelam, produzindo uma sensação de mudança no espaço.


Levando em conta o entorno, o volume total foi mantido baixo. A construção parece formada por três coberturas horizontais e planas, pousadas de maneira leve sobre a parede do Caminho. Da rua, o que se vê é apenas a parede curva do Caminho e a entrada.

À medida que se aproxima do edifício, o visitante é naturalmente guiado pelas paredes curvas do Caminho. Essa parede é revestida com frisos feitos a partir de telhas Awaji. Pequenas variações de cor e forma, provocadas pelas diferenças de queima, expressam na parede a força da chama.



Além disso, algumas paredes recebem acabamento em argamassa local. São elementos que evocam a identidade do lugar. Em cada caso, não se trata do uso tradicional da arquitetura japonesa, mas de uma adaptação que dialoga com o espírito de um resort, própria deste contexto. Buscamos uma fusão entre o “vernacular e o moderno” na arquitetura.


























